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Rejuvenescer em Manguinhos

Foto do escritor: Ascom/CogepeAscom/Cogepe

“É bom envelhecer em Manguinhos”. A frase que dá início a esta crônica é de autoria do ex-presidente da Fiocruz, Luiz Fernando Ferreira, que completaria 84 anos no dia 23 de setembro. Eu peço licença ao frasista original para adaptá-la ao que entendo ser seu sentido mais adequado, algo que venho comprovando há exatos oito anos, desde meu ingresso na Fiocruz:

- É bom rejuvenescer em Manguinhos.

Manguinhos remoça. Não me refiro aos dados estatísticos consolidados no Boletim de RH da Cogepe pelo Serviço de Informação (Seinfo/Cogepe). Minha constatação é empírica, captada ao caminhar pelas alamedas e ruas do campus, entrar nos seus pavilhões, parar por um instante na Praça Pasteur. Nesse recanto encravado na zona norte da cidade, a juventude abraça a todos, independentemente do grisalho nos cabelos, da curvatura cervical, das rugas espalhadas pela face, das experiências adquiridas com o passar do ciclo cronológico.

Jovens há muitos ou poucos anos, quem frequenta o campus de Manguinhos sabe que o tempo parece diminuir seu ritmo, desacelera no correr das horas entre o início e o fim de mais um dia de expediente. Não há espelho que seja capaz de refletir com exatidão a idade da alma dos que por Manguinhos passam, sejam trabalhadores ou estudantes.

Manguinhos notabilizou-se e ganhou o mundo pelas conquistas científicas de seus pesquisadores, conquistadores em busca incessante do prolongamento da vida. Diferentes de Ponce de León, o conquistador espanhol que jamais encontrou a desejada fonte da juventude, a energia juvenil do campus nos cerca e acha repouso justamente em nosso propósito de salvar outras vidas. Em seus 800 mil metros quadrados, o novo e o antigo convivem em harmonia, a tradição encaixa-se na rima perfeita com a inovação, formando o poema científico.

“É bom rejuvenescer em Manguinhos”. Por: Eduardo Müller (Ascom)

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